Conteúdo humanizado: por que é tão importante gerar identificação

Quem nunca se deparou com conteúdos tão genéricos que fez pensar “por que mesmo estou lendo isso aqui”? Ou deu aquela escaneada rápida esperando encontrar a informação que é realmente relevante, mas nunca chegou lá?

Se você já passou por isso, saiba que não está só. A saturação de informações está tornando ainda mais difícil criar conexões genuínas com o nosso público-alvo nas redes sociais. Assim, fica fácil passar despercebido e o tempo investido na criação de conteúdo pode não gerar o retorno esperado.

Nesse contexto, o conteúdo humanizado tem se tornado uma estratégia essencial para empresas e profissionais de marketing. Ao criar conteúdos que geram identificação e emoções autênticas, é possível estabelecer relacionamentos duradouros e fortalecer a presença online.

Mas por onde começar? Neste artigo, vamos explorar a importância do conteúdo humanizado e como ele pode ser uma ferramenta poderosa para impactar positivamente o seu público.

O que é conteúdo humanizado?

O conteúdo humanizado é aquele capaz de gerar conexões emocionais verdadeiras com o público. Ou seja, ao invés de apenas apresentar uma chuva de informações, o conteúdo humanizado tem objetivo de envolver as pessoas de forma genuína, considerando suas necessidades, desejos e experiências.

Para criar um conteúdo focado nas pessoas é preciso desenvolver uma linguagem acessível, contar histórias cativantes e esbanjar exemplos reais, gerando identificação e estabelecendo uma relação de confiança com os leitores.

A humanização do conteúdo possibilita às marcas expressar sua personalidade, valores e propósitos, tornando-as mais próximas e relevantes para o público.

Ao longo desse artigo você irá perceber que a humanização das marcas não é algo novo, mas, infelizmente, não possui uma abordagem tão ampla quanto nós, consumidores de conteúdos, gostaríamos.

Como o comportamento dos usuários impacta na criação de conteúdo humanizado?

Já parou para pensar por que os conteúdos humanizados são tão relevantes para os consumidores atuais? Para isso, precisamos entender um pouco quem eram essas pessoas no passado. Vamos?

Os anos 2000

Durante a década de 2000, as redes sociais ainda eram voltadas para socialização. Aqui a gente pode citar o Orkut, MSN, Fotolog, Flogão e até mesmo o Twitter.

Quando pensamos nos tipos de publicações que eram feitas nessas plataformas, percebemos que elas eram voltadas para compartilhar momentos da vida, seja criando um álbum de fotos com os amigos no Orkut, ou compartilhando a música que você estava ouvindo através dos status do MSN (quem nunca?).

É a chegada do futuro?

Depois de 2010, período em que tivemos também o Facebook, WhatsApp e o Instagram se tornando populares, podemos dizer que houve, também, uma mudança no comportamento dos usuários. As pessoas estavam mais imersas no online e começavam a dar maior importância para o que acontecia lá.

Essa mudança fez com que as empresas voltassem sua atenção para o que ocorria no online e viram uma grande oportunidade de mudança. Não estou dizendo que isso já não era comum antes, mas foi potencializado durante esse período.

Seguindo essa linha do tempo, foi somente na década de 2010 que o acesso à banda larga e à rede móvel se popularizou. 

Fazendo um comparativo, em 2022, tínhamos 183,9 milhões de pessoas com acesso à internet. Em 2009, o total era de 70 milhões, quando o país tinha uma população de 194,5 milhões. E nem trouxe dados específicos sobre banda larga, o que torna esse acesso ainda menor!

A ampliação do acesso à internet e, consequentemente, à banda larga, impactou também no consumo de conteúdo online. As pessoas não precisavam mais esperar horas para publicar um álbum de fotos no Orkut. Assim, mídias pesadas, como vídeo e áudio, foram caindo na graça do povo.

A era do TikTok

O acesso foi se tornando tão massivo que as redes sociais passaram a fazer parte do dia a dia das pessoas. O WhatsApp, por exemplo, se tornou uma das principais ferramentas de comunicação. Mas foi no final da década de 2010 que surgiu o TikTok e, a partir daí, tudo mudou.

É fato que o TikTok mexeu com seus concorrentes. O Instagram, por exemplo, logo aderiu aos Reels. E até o YouTube entrou para a era dos vídeos curtos e verticais. Nesse novo movimento, as pessoas estão no comando e não é difícil ouvir que elas estão “ensinando” o algoritmo sobre o que elas gostam.

Ou seja, o algoritmo trabalha em favor dos gostos pessoais de cada usuário, entregando conteúdos que os façam ter mais tempo de tela no aplicativo. E junto a esse montante de conteúdo, temos as “publis”, os anúncios e os conteúdos que as marcas criam em busca do tão sonhado engajamento. Qual desses tipos de conteúdos você quer publicar?

Qual a importância dos conteúdos humanizados?

O primeiro passo para a criação de conteúdo humanizado é entender a sua importância e relevância quando somos bombardeados de conteúdos genéricos. Tudo isso fica ainda mais evidente quando consideramos o uso de Inteligência Artificial (alô, ChatGPT?) para executar a comunicação de uma marca ou profissional.

Será que nessa frase estou exprimindo toda sensibilidade e bagagem de forma não dita? É fato que a maneira como nos comunicamos também é uma mensagem.

Ao transmitir mensagens autênticas, que reflitam as experiências, valores e expectativas dos consumidores, conseguimos não só envolver e engajar uma audiência, mas também fazer com que comprem a nossa luta e venham para o nosso lado.

Durante a graduação em jornalismo, aprendi que uma mensagem só conclui o seu ciclo quando é compreendida pelo receptor. Por isso, o bom marketing de conteúdo tem que ser completamente pensado na comunicação com o seu público.

Inclusive, temos um eBook explicando como os conteúdos podem gerar autoridade para a sua marca:

Agora que já falamos bastante sobre a importância dos conteúdos que geram identificação, vou apresentar dicas realmente práticas para tornar a sua comunicação mais humanizada ainda hoje.

6 dicas para humanizar conteúdos

Separei aqui as principais ações que uso na minha rotina com os clientes que atendo. Enfim, vamos lá!

1. Crie conteúdos que vão humanizar a sua página

As pessoas interagem com o que elas se identificam, sejam ações, opiniões, interesses ou dúvidas. Por isso, batendo na mesma tecla, você tem que entrar na mente da sua Persona para criar conteúdos.

E sabe a melhor forma de criar conteúdo que vai gerar identificação? Mostrar pessoas reais!

Quebre um pouco a monotonia de posts feitos com banco de imagens. Assuma o protagonismo e vá para frente das câmeras. E se você está apenas com a estratégia, chegou a hora de criar roteiros e indicar formas de humanizar os perfis que você atende.

Você e seu cliente não estão a fim de dar a cara a tapa? Tá tudo bem! Uma foto mostrando a empresa ao chegar no escritório, um story de bom dia com um cafezinho, mostrar a equipe reunida durante uma reunião. Tudo isso gera impacto.

Quem lembra da polêmica da Boca Rosa? A Bianca foi muito criticada por incluir no planejamento das suas redes interações com o seu filho. Ela é a marca dela, ela precisa se expor. Mostrar esses comportamentos também é construção de marca, e de engajamento!

2. Trabalhe com cases

Quer criar um conteúdo que gere interesse e conexão com o seu público? Trabalhe com cases. E não precisa ser somente cases da sua empresa.

Vou dar um exemplo: sai uma notícia sobre uma empresa que teve aumento nas vendas após consolidar nova estratégia de marketing e passar por um rebranding. Uma agência especializada na área pode usar essa informação para destacar a importância desse tipo de estratégia, o que reforça também o valor de seu produto.

Mas se você consegue construir seus próprios cases, aposte neles. É a partir disso que sua audiência vai entender que seu produto existe, que ele faz a diferença para seus clientes e que pode fazer para eles também.

3. Compartilhe depoimentos de clientes

Pegando um gancho nos cases, a maior prova de que seu produto realmente funciona é quando o próprio cliente diz isso. E quando seu cliente cita que seu produto foi a solução para uma dor comum do seu público, ele se torna uma possibilidade.

Recolha depoimentos de clientes e compartilhe nas redes sociais. E não se esqueça de utilizar esses depoimentos em outras ações, eles valem muito!

Aqui na Conexorama, por exemplo, utilizamos os depoimentos dos nossos clientes nas nossas páginas de vendas:

Depoimentos na página de vendas do Raio-X do RD Station

Crie oportunidades para que os leitores interajam e participem do seu conteúdo. Faça perguntas, responda aos comentários, promova debates e incentive a troca de ideias.

Ao dar voz à sua audiência, você demonstra que valoriza suas opiniões e os envolve de forma ativa.

5. Preze pela transparência e honestidade

A transparência é um elemento-chave para a humanização do conteúdo. Se abra sobre os valores, objetivos e processos da sua empresa. Mostre os bastidores, compartilhe os erros e acertos, e demonstre autenticidade.

A honestidade gera confiança e fortalece a relação com o público.

6. Busque entender o que funciona para você

E aí, o seu planejamento já está rodando? Lembre-se: tudo no marketing deve ser testado.

Faça seu primeiro planejamento e deixe-o rodando por alguns meses. Depois, mude a tática e tente algo diferente.

Por meio do Insights do Meta Business Suite você consegue visualizar métricas importantes do seu perfil no Facebook e Instagram. Pelo botão “Análise” do LinkedIn, você tem acesso a diversas métricas.

Analisar o alcance das suas publicações, o engajamento, as visualizações, cliques, quantidade de pessoas que salvaram uma publicação. Todos esses são dados que geram insights do que está funcionando no seu planejamento de conteúdo.

Depois de analisar, chegou o momento de ver o que funciona e o que não funciona. E aí é só refazer o planejamento considerando todas essas informações coletadas.

Humanizando conteúdos: construindo conexões autênticas com o público

Gostou dessas dicas? A humanização dos conteúdos desempenha um papel crucial no digital, tornando a conexão emocional com o público fundamental para o sucesso das estratégias de marketing.

E, como vimos, não é necessário ideias mirabolantes para a criação de comunicações mais humanas. Basta ser você!

Se a comunicação da sua marca ou a marca de um cliente é o motivo de você estar aqui, tente personificá-la. Assim você cria um personagem, mesmo que fictício, para ser a voz da empresa. Isso certamente vai possibilitar um tom de voz e uma forma de se comunicar mais consistente. Mas esse é um papo para outro artigo!

Espero que as dicas que trouxe aqui tenham aumentado as suas possibilidades e te ajudado de alguma forma. Gostaria muito de saber o que você achou. Então deixa um comentário aqui contando os insights que você teve durante a leitura!

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