Estou em uma contagem regressiva para atingir 100 artigos escritos por mim para a Conexorama. Então, dizer que eu aprendi a escrever conteúdo para web poderia ser talvez o primeiro tópico do nosso assunto de hoje. 

Mas a verdade, é que até mesmo escrever nossa página épica de Inbound Marketing é mais fácil do que escrever este artigo aqui. Ainda que eu saiba tudo que quero escrever, é difícil organizar as ideias e sintetizar os aprendizados.

“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi…”

Não, espera, melhor não ir por essa linha dramática né? ?

Mas sim, quero aproveitar a data e agradecer as pessoas que transformaram nossa empresa, do meu jeitinho de sempre: sincero e transparente. Espero conseguir.

7 anos… (aquela respirada profunda).

Vem comigo!

1 – People, just people: entenda!

Pelos nossos controles, foram pouco mais de 80 pessoas que já trabalharam na Conexorama (e muitas que trabalham, verbo no presente) conosco. Esse número é incrível, e muito forte.

A nossa foto de final de ano, vai mostrando a aceleração desse número.

Equipe_Conexorama

É clichê ler, “um negócio é feito de pessoas e para pessoas”, até você viver a curva de crescimento.

Além disso, quero destacar também a parte do “para pessoas”, porque já passamos da marca de 120 empresas atendidas faz algum tempinho. 

Então, considerando uma média de 3 integrantes no time de cada um dos nossos clientes, acompanhando diretamente o nosso atendimento, já teríamos batido a marca de 360 outras pessoas.

Separo esse primeiro grupo (cliente interno e externo), pois vivemos juntos. Aprendemos, criamos, erramos e ajustamos tudo o que compõe o nosso dia-a-dia. Com carinho, às vezes com atritos também, mas sempre juntos. 

Isso é um negócio. Resolver problemas de pessoas. Esse cotidiano é o que somos.

Além da equipe e das empresas que atendemos com projetos de Inbound Marketing, preciso destacar também:

  • nossos incríveis alunos do RD Hacks – que já são mais de 500! 
  • As mais de 160 pessoas que estiveram nas duas versões piloto do nosso evento Conexorama Talks
  • E os nossos mais de 20 mil Leads / pessoas que acompanham nossas publicações e geram buzz em tudo que fazemos.

Então, nesses primeiros sete anos, aprendi que o marco número 1 são as pessoas. 

Pessoas complexas, dinâmicas, diversas e incríveis. Por isso, buscamos a todo momento nos tornar uma marca mais e mais humanizada. Não é estratégia de posicionamento, é o nosso dia a dia.

Logo, se conseguimos impactar e aperfeiçoar a jornada de algumas pessoas, que trabalharam ou trabalham, que são clientes, que são alunos, que são Leads, já é uma tremenda conquista.

Mas deixar sua marca precisa de planejamento viu? Segue comigo!?

2 – DNA de marca: faça!

No RD on the Road de 2019, em São Paulo, eu estava conversando com o Rodrigo Martucci, CEO da Nação Digital, agência que admiro muito, e falamos sobre como uma agência raramente começa de forma planejada e estruturada. 

Geralmente começa com aquele profissional muito técnico, que vai desenvolvendo de modo bem simples uma “eugência”, ganha corpo e vira uma agência, até se tornar uma marca (com impacto no mercado).

Foi assim conosco também. Comecei a Conexorama na mesa ao lado da minha cama. Na época, se chamava (lindamente) “Inteligência Network”. E foi muito importante ter esse nome “improvisado”, pois foi o “fazer acontecer”. Quebrar a inércia e se lançar no mercado.

E, no começo, quando você “chuta o escanteio e corre para cabecear”, você não consegue fazer o próprio marketing (e, verdade declarada, demoramos quase 2 anos para começar pra valer nosso próprio Inbound) e tem aquela dificuldade (comum a todos os negócios) de encontrar os primeiros clientes.

Aqui, então, preciso fazer o primeiro grande agradecimento: à Emília Chagas e ao Pedro Clivati da agora Growth Boulevard, na época Contentools, pelo apoio aos primeiros clientes. Obrigado por tudo!

Em dado momento, já com 3 anos de estrada, não dava mais para ser “Inteligência Network”. A criança cresce e começa a perguntar sobre os motivos de existir e o impacto que quer realizar. ?  Por isso, em 2016, chegou o momento de encarar um processo muito profundo, doloroso e transformador, o nosso DNA de Marca.

Meu segundo grande agradecimento então: ao Felipe Fox, um queridão, que foi sócio da Conexorama, formou o primeiro time de designers, criou um monte de vídeos incríveis e conduziu todo o processo de nascimento da nova marca. 

Levou o ano todinho de 2016 e foi realizado de modo interno, na cara e coragem, com a participação de todos do time. Aquele processo que você não quer passar de novo, mas que mais do que nunca, está claro o quanto foi (e continua sendo) impactante.

Evolução da agência até se tornar a Conexorama

Se quiser ver mais detalhes, o Fox deixou registrado aqui:

Então, com isso, aprendi duas coisas: primeiramente, a importância de quebrar a inércia, mesmo que não esteja tudo “perfeito” para começar. E, não menos importante, aprendi como autoconhecimento é chave.

Mas esse autoconhecimento nunca pára. O que nos leva ao próximo item, que foi se tornando evidente ao longo do tempo, e hoje é fato.

3 – Agência Escola: aprenda!

O modelo de negócio agência é muito dinâmico (como vários outros negócios). 

Escalar não é impossível, mas é uma decisão que precisa ser considerada com muita calma, afinal é um serviço e depende diretamente de pessoas para acontecer. Diferente do que acontece com um software ou produto. 

Depender das pessoas nos obriga a encarar que pessoas passam por todo tipo de situação: problemas familiares, ficar doente, ter semana ruim, uma semana boa, internet ruim, cachorro latindo no fundo da chamada, etc. Tanto do lado de cá, como do lado de lá (os nossos clientes). 

Se fazer o Marketing de uma empresa é puxado, imagina o marketing de várias empresas ao mesmo tempo. ?

Buscamos sempre crescer com os dois pés no acelerador, mas sempre prontos para pisar no freio a qualquer momento. Não perder a qualidade sempre foi um fator primordial para a Conexorama.

Considerando isso, aprendi que ter um time excelente sempre foi (e seguirá sendo) o desafio da Conexorama e todas as agências. 

E, como você deve imaginar, encontrar esses profissionais é bem difícil, pois, ainda que existam excelentes profissionais de Marketing Digital, você irá competir com remuneração, benefícios e carreira com empresas como a Resultados Digitais, ou mesmo as gringas. 

Como equalizar? Como “competir”?

Essa questão sempre será complexa, mas entender dois pontos pode ser bem importante:

  1. Somos uma agência. Então precisamos de um time ágil. Nem todos se habituam ao modelo de negócio. À agenda puxada e a pensar no mesmo dia em 10 clientes de segmentos diferentes.  
  2. Existirá sempre muito volume de trabalho, e não teremos tempo para fazer tudo. Então, é essencial ser muito organizado e ter compreensão técnica e sistêmica para entender as prioridades. 

Aproveitando que falei sobre a necessidade de ser rápido, preciso falar sobre o conceito de tempo dentro da agência. 

Falamos disso até mesmo no Culture Code da Conexorama: o tempo aqui é diferente. Um mês equivale a quase um ano (sem brincadeira). Nosso time aprende muito e em pouco tempo.

Não à toa que nós (e as agências) somos procurados por quem quer aprender de verdade e rápido. Nós somos então uma “agência escola”

Aprendi isso nesses primeiros sete anos e decidi encarar o desafio: desenvolver treinamentos, processos e aprendizados contínuos. 

Até mesmo o processo de saída das pessoas precisou ser pensado, pois um dia elas seguem a carreira em outras jornadas. E sair com respeito é chave, pois elas não apenas podem voltar, como muitas vezes são essas mesmas pessoas que trazem os próximos clientes. 

Tem um detalhe: “agência escola” remete a um time de profissionais “júnior”, novatos, só que a correlação não é ser assim tão direta. Quer um exemplo? 

O pessoal de Jornalismo:

Com a rápida mudança no formato de carreira de redação impressa para o digital, muitos (profissionais experientes) encontraram na agência o caminho para rapidamente compreender o mercado que se transformou. Seguir na profissão, mas agora  em um novo formato.

E arrisco a dizer que, nos próximos anos, outras carreiras poderão passar pelo mesmo processo e a agência é um local excepcional. Nós vivemos a transformação, e muitas vezes até somos quem fomenta o mercado. 

Por isso, em visita a nossa agência em 2019, o Fábio Ricotta, o famoso CEO da Agência Mestre, deu um “pitaco” pontual sobre um passo que precisávamos dar na época. Ter um RH coaching, para não apenas trabalhar as Hard Skills (conhecimento técnico) como as Soft Skills (comportamento e desenvolvimento).

Meu terceiro agradecimento é duplo: Ao Fábio Ricotta pela aproximação e ensinamentos, e ao Antonio Marinho, nosso querido RH, pelos anos de desenvolvimento de todos do time.

Hoje, na Conexorama, não temos nossos times separados entre os especialistas para clientes maiores e os “juniores” para os menores. É misto (mas comandado pelos especialistas), e assim geramos o crescimento. 

Dito isso, não poderia deixar de falar sobre meu time de Conekiridus, um time muito guerreiro e muito unido. No maior exemplo “ninguém solta a mão de ninguém” e #TaTudoBem para tranquilizar nas turbulências.

Por isso, meu próximo agradecimento são para os líderes da Conexorama: à Shymenne Siqueira mineira que lidera o time de Content; ao Daniel Albiero o amigo mais focado no sucesso do cliente que eu conheço; ao Alexandre Passold o designer mais comprometido de todos; e a querida Ana Agostini, um talento sem igual que a vida colocou no meu caminho. Vocês são a alma disso tudo!

Claro, destaco os líderes, mas o orgulho é de cada membro do nosso time


Cada Conekiridu que segue junto, desenvolvendo a nós e aos nossos clientes!
(Vocês sabem disso).

Comentar isso me faz lembrar de quando eu estava no palco uma vez, falando sobre o processo de Onboarding e Ongoing dos nossos clientes, explicando nosso modo de fazer, e uma pessoa, no momento das perguntas, me questionou: “legal, você falando tudo isso parece lindo e maravilhoso, mas cadê os problemas da agência?”

Sim, sou “vendedor raiz” meu caro leitor. Sempre que falo busco o lado bonito da coisa. Afinal, reconhecer o problema é o que faz todo empreendedor no final do dia ao desligar o computador (agora em home office não dá nem pra dizer que sai do escritório…) e começa a se perguntar porque segue nessa loucura.

O mesmo ocorre conosco. Temos um monte de problemas, e seguimos refinando processos o tempo todo. E precisamos fazer estes refinamentos enquanto o avião voa. 

E claro, tudo isso tem um custo. Meu próximo item.

4 – Lucro médio: Sui generis!

Já me perguntaram várias vezes qual a média de lucratividade do negócio, então aproveito o texto para deixar respondido. E, claro, sempre sou muito transparente. 

Agora é aquele momento em que você, principalmente se for empresário, oscila aí na cadeira. É que você pode estar habituado a ouvir coisas como 25% (ou mais). Lindo.

O nosso, na Conexorama, tem tido uma média de 11% ao final do ano


A nossa média atual de lucro é realmente baixa quando olhamos para este número isolado. Ainda mais quando comparamos com opiniões generalistas. Mas, para gente está tudo bem esse valor, afinal, pra mim esse é um ponto “sui generis”, ou seja, sem semelhança com nenhum outro, único no seu gênero.



Seguimos crescendo o faturamento, ao passo que reinvestimos muito no negócio. Muito. O tempo todo.Pois temos bem claro onde queremos chegar, um processo que vai além do modelo atual.

Crescimento financeiro da empresa

E, sim, sendo serviço, temos entre 60% e 70% dos nossos custos relacionados à como folha de pagamento. Pessoas e mais pessoas. 

Meu próximo agradecimento é então à Juliana Noronha, minha sócia e diretora financeira. Ela quem segura a onda e não me deixa trocar os pés pelas mãos. Se não devemos nada, se honramos com cada compromisso é por você cuidar com tanto carinho. 

E aqui posso até entrar em outro debate, bastante comum no modelo de negócio:

Qual dono de agência, ou integrante do time, que nunca pensou:
Cliente novo, legal. Precisamos contratar. ?

É um pensamento que temos mesmo agora, depois de 7 anos. 

É importante estar consciente das nossas capacidades, processos e sazonalidade. 

Por isso, (explicando um pouco a nossa jornada), crescemos muito nos primeiros anos, e “estacionamos” em um período mais recente em alguns indicadores, como a quantidade de pessoas no time. Foi mega importante, para aperfeiçoar cargos e estrutura.


E arrisco a dizer que passaremos sistematicamente por momentos semelhantes nos próximos anos. Alguns mais fortes em crescimento e outros mais contidos (ainda que seguindo em crescimento).

Isso é chave para manter uma agência que busca ser mais do que uma operadora de contas, busca ser uma marca.

É justamente o que buscamos…

Estamos no caminho?
Deixe seu comentário por favor.

[Extra] Sua marca na Conexorama

Como citei tantas pessoas aqui, me permita colocar algumas pequenas histórias e reconhecimento de queridos que já passaram pela casa e marcaram muito a nossa história.

Liana Chiaradia, umas das nossas primeiras designers, querida que só ela, e hoje fundadora do Portal Guia da Alma, do qual nós somos clientes sempre que podemos. Orgulho, Li!

Penélope Victória, que me ajudou a fomentar o primeiro projeto de automação e a carreira de Planner aqui na empresa, entre tantas trocas e mais trocas avançadas nos debates técnicos. Obrigado, Peni!

Francis Scheid, que, entre tantas realizações e risadas, pudemos levar em seu primeiro voo, indo para RD on the Road no Rio de Janeiro em 2019. A aeromoça perguntou se alguém queria desistir de viajar, que pagariam R$1.200, e eu tive que segurar o Francis na cadeira para não “perder” o meu integrante no nosso estande no evento. Saudades, Francis!

Marcelo Mattar, o melhor videomaker que eu conheci, que fez acontecer nosso canal no YouTube e todos os nossos vídeos (até hoje). Um parceiro e amigo para a vida toda. Meu caro Marcelo!

Gabriella Szpoganicz, de colaboradora a sócia, por cada controle dos processos e planilhas que levaram a agência para outro nível de organização, pela jornada e evolução. 

Flávia Umpierre, começando como planner, passando para IS e depois gestora, deixando o grande legado que foi a reestruturação do onboarding, além das evoluções de processo. Obrigado Flavinha! 

Matheus Pasinatto pela jornada mais incrível de todas conosco, de estagiário, à expert, gestor e hoje um grande UX de páginas incríveis. Obrigada pelo jeito tranquilo, sua paz, carinho e presença de sempre, Mat! 

E mais e mais Conekiridus…

Sim, correndo muito o risco de ser injusto por não citar mais grandes nomes, vou encerrando por aqui essa listagem. 

É difícil não ser injusto, mas – pelo bom fluxo da leitura desse texto – preciso evitar de citar todos os nomes e cada detalhes. É muita história, e tão pouco tempo ainda de empresa.

[Plus] E o futuro da Conexorama?

Confesso que nem sempre fui centrado em ter aquela visão de longo prazo, mas fizemos  esse exercício há pouco tempo, chegando em pontos muito precisos de onde queremos chegar.

Bem, ainda não posso dar spoilers, mas vem coisa boa por aí.


Contudo, teve uma analogia que usei que remete bem sobre o futuro da marca, que é simples, pois vem de desenho animado da minha geração (risos).

Evolução Pokemón analogia

Cada integrante da nossa reunião sabe a profundidade do que representa essa analogia. 

Para você, leitor, vale explicar que uma empresa segue o estágio da evolução, como um Pokémon. Partindo da profissionalização, para inovação, até o impacto. E que, como os personagens do desenho, evoluir é uma escolha e sinergia (gerando novas dores).

Bem, escolhemos evoluir. Vamos em frente então.


Aos próximos 7 anos! Fazer junto, inovação rumo ao impacto!