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A verdade sobre comprar listas de e-mail

Por Content em 8 de dezembro de 2017

Prepare-se, hoje é dia de ter uma epifania com sua estratégia de E-mail Marketing. Uma sensação de “Eureka!”, que pode pegar você desprevenido. Lá vai:
Comprar uma lista de e-mail é furada! Quase um crime pra sua base!

Sim! Pode parecer uma loucura para alguns, mas uma base fria de e-mails não é nada vantajoso. Sim, você pode dar sorte de atirar no escuro e acertar algo. Mas a que preço? Quanto custa uma prática de compra de e-mails?

Em curto prazo, realmente parece barato ter milhares de contatos para sua base. E você, como profissional de Marketing, provavelmente tem um bafo na sua nuca, exigindo resultados rápidos. Por isso, este artigo vai ser aquele que você vai encaminhar para seu chefe, dizendo: “olha, por isso que não podemos investir em listas frias de e-mails!”.

Boa leitura!

Você já ouviu as histórias.

Aquele concorrente que teve resultados inacreditáveis comprando uma lista X. Ou o seu chefe já fez isso antes e quer uma base de dados robusta para maximizar a receita do final de ano.

Mas a verdade é uma só: não existe sentido lógico algum em equipes de Marketing se interessarem por comprar listas de e-mail. Além das implicações legais que podem ser vistas no horizonte, não há benefícios em arriscar que seu melhor canal de conversão seja bombardeado com dados que não convertem. Não foi o suficiente para convencer você? Veja então mais razões para não seguir com essa prática.

Dados frios não rendem o esperado

Destinatários que escolheram receber seus E-mails Marketing exibiram um interesse ativo e recente na sua marca. Eles estão quentinhos e prontos para que seu time mostre a que veio.

E-mails comprados, bom, aí é outra história.

Os Leads estão desengajados e não tem como dizer há quanto tempo eles estão assim. Eles são dados frios. Contatos desengajados levam mais tempo para aquecer e ainda mais para converter.

Isso que coloca uma pressão imensa nas costas da equipe, enquanto vai incorrendo em gastos maiores para seu negócio.
A chance de alcançar o ROI que você procura, neste caso, é bem pequena.

Comprar e-mails vai sugar seus recursos

Os custos associados com a compra de e-mails frios são variados. Seu serviço de provedor de e-mail cobra mais por contato? Isso é dinheiro indo pelo ralo, para cada destinatário que não seja válido. E quanto mais desorganizada sua lista, menos eficiente sua estratégia de E-mail Marketing se torna. Contratos de pagamento por e-mail enviado? A mesma coisa. Todo e-mail frio é um prejuízo para seu ROI.

Comprar listas atravancam seu E-mail Marketing

Então, você resolveu investir seu orçamento suado numa plataforma de automação de Marketing e Vendas, treinou seu time e os E-mails estão mais lindos do que nunca. Você está pronto para clicar em “Enviar” numa grande campanha e observar os resultados empilharem. Porém, você comprou uma lista de 100 mil contatos para essa campanha. E, sem que você ou até mesmo o vendedor soubessem, alguns desses e-mails são spam traps.

Em bom português, spam trap significa “armadilha de spam”. São ferramentas de gestão contra fraudes, utilizadas por grandes provedores como Gmail e Hotmail, para pegar no flagra aqueles remetentes maliciosos. Ou profissionais de Marketing com práticas ruins de limpeza de e-mail e aquisição de contatos.

Listas de e-mail são repletas dessas armadilhas. Elas chegaram lá por e-mails antigos que se tornaram armadilhas, digitação incorreta, domínios que nunca tiveram um e-mail, por aí afora.

A armadilha de spam não consegue detectar se você é um hacker ou um profissional do Marketing. Por isso, espere o mesmo tratamento. Sua reputação como remetente vai se deteriorar a cada envio e alguns dos servidores de e-mail de seus melhores Leads vão bloquear suas mensagens. Isso vai, por tabela, prejudicar o relacionamento que você penou tanto para construir. Comprar e-mails é como se você usasse uma bola de demolição em sua estratégia.

Medir sua performance em E-mail Marketing com precisão também é mais difícil se você possui uma lista de contatos com dados falsos ou frios. Toda campanha será distorcida por não-aberturas, bounces ou taxas baixas de engajamento associadas a esses endereços. Isso significa que uma das grandes funcionalidades que você ganhou por investir numa plataforma automatizada não vai dar os resultados esperados.

Listas compradas são um campo minado legal

Enviar mensagens para e-mails comprados significa que você está entrando em contato com pessoas que não optaram por receber suas mensagens. Em muitos países, isso já consta como prática ilegal, sem falar na apresentação ruim de sua marca. No Brasil, tramitam em conjunto alguns projetos de lei que criminalizam o spam. Também vale lembrar do Marco Civil da Internet, aprovado em 2014, que não especifica nada sobre o spam em si mas define a obrigação da transparência nas comunicações e anúncios. O Código do Consumidor também pode ser acionado, caso as mensagens sejam consideradas abusivas. De qualquer maneira, você não quer estar do lado errado da lei nesses casos.

Se você não acha que essas razões são suficientes, temos a última e a mais importante: você não precisa disso! Criar listas de e-mails de forma orgânica sempre, siempre, always vai ser melhor do que comprar uma lista fria. Por isso, trabalhe com estratégias sólidas de atração de Leads, crie com um conteúdo que vai colaborar com os interesses de seus clientes e faça com que eles sigam pela Jornada de Compra. Pode demorar um pouco, mas vai valer a pena.

 


[Extra] Rehab para quem já comprou listas

Largar alguns hábitos é sempre uma tarefa complicada. Se você sofre desse vício de comprar e-mails, passou este artigo todo na fase da negação. “Como?”, você se pergunta, “Sempre comprei listas e funcionou (sic)”. Agora, você olha sua lista e vê e-mails que nunca chegaram, reputação de IP manchada, Leads qualificados em escassez. E engraçado, as únicas pessoas que recomendam a compra de listas de e-mail são justamente quem vende listas de e-mail. Sim, pode ficar irritado, até triste. Mas a boa notícia é que você pode sair dessa. Em 5 passos. Confira:

Passo 1: Compromisso

Comprometa-se a mudar. Einstein já dizia: “Loucura é tentar fazer a mesma coisa sempre, esperando resultados diferentes”. Se você quer ver resultados melhores, mude o que está fazendo. E para mudar, você precisa se comprometer.

Passo 2: Considere as alternativas

Existem inúmeras formas legítimas de se construir uma lista de contatos.

Você pode amarrar tudo isso na sua estratégia de Inbound Marketing. Com essa abordagem, seu foco vai ser para trazer o público para você, ao invés de ir até eles sem permissão. Crie um ambiente confiável e se estabeleça como autoridade. Assim, em pouco tempo o seu público vai procurar você para saber mais.

Passo 3: Estipule metas

Como qualquer plano de Marketing, você precisa de objetivos SMART. Faça suas metas serem eSpecíficas, Mensuráveis, Alcançáveis, Relevantes e Temporais. Crie um Roadmap de como você vai chegar até suas metas. Isso vai mantê-lo em foco.

Passo 4: Elimine a tentação

Exclua qualquer coisa que possa causar uma recaída e faça você voltar a comprar listas. Redirecione esses recursos para atividades de Inbound. Se você sabe quem vende listas, filtre suas mensagens e remova os e-mails deles de seus contatos.

Passo 5: Compartilhe seu sucesso

Adotar e implementar uma abordagem diferente de Marketing vai colocar você no caminho certo. Se orgulhe de suas conquistas novas, celebre pequenas vitórias e compartilhe seu sucesso com seus superiores, colegas e comunidade em geral. Vai validar seu trabalho e compromisso por uma mudança. Sua história também vai inspirar outros profissionais a fazerem o mesmo.

CTA trilha email

Pode confessar pra gente, você já comprou listas ou conhece histórias de quem trabalhou com E-mails dessa forma? Queremos saber o que vocês pensam sobre isso!

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Artur Pistilli
Artur Pistilli
6 anos atrás

Muito bom o conteúdo, Giovanni! Parabéns para todo o time pelo o vídeo! O original é daqui de Goiânia kkkkkk

giovannicarus
giovannicarus
6 anos atrás
Reply to  Artur Pistilli

Valeu, Artur!

Foi um trabalhão, mas valeu a pena ;D
E não sabia que o original era de Goiânia, deve ter sido o assunto por bastante tempo por esses lados!

Abraço!

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