O design é fundamental em nosso dia a dia e por mais que não o notemos, ele está presente em tudo que nos cerca. Daquele panfleto do dentista que colocamos no bolso do casaco à porta de entrada da nossa casa, tudo envolve design.
Combinando técnica, estética e funcionalidade, ele é responsável por facilitar processos, projetar ideias, simplificar e agregar valor à comunicação. Além de deixar as coisas visualmente mais belas.
Apesar de comumente haver uma confusão, Marketing e Design são áreas diferentes, cada uma com sua particularidade, mas que, atuando em conjunto, podem beneficiar as suas campanhas e gerar mais valor em suas estratégias de Inbound Marketing. Para isso, é importante entender alguns dos principais conceitos e fundamentos do design e quando e como aplicá-los em suas campanhas digitais.
E para te ajudar, reunimos algumas dicas de design muito úteis que todo analista de marketing precisa conhecer, continue com a gente e confira!
O que você vai encontrar nesse artigo:
1. Ser bonito não basta
Todos nós gostamos de ver coisas bonitas, não é mesmo?! Dilata as pupilas e faz bem para os olhos, mas nem sempre a estética é o suficiente, especialmente quando se trata de campanhas de marketing digital. É preciso construir estratégias que sejam assertivas e para isso um design funcional é excepcional. Não que estética não seja importante, mas não deve ser o seu único foco.
Não basta pensar em layouts bonitos, se forem confusos e de difícil leitura, com imagens em baixa resolução ou descontextualizadas. Para que as campanhas alcancem seus objetivos é preciso que elas respeitem alguns dos princípios básicos do design: contraste, equilíbrio, ênfase, repetição, proximidade, entre outros.
Ao aplicar esses conceitos em suas campanhas, você aumenta a assertividade de suas estratégias e, consequentemente, alcança uma estética agradável.
2. Respeite a hierarquia visual
O design é democrático, porém ele possui uma hierarquia que deve ser seguida e respeitada, caso contrário os resultados de suas campanhas podem se tornar frustrantes.
A Hierarquia visual nada mais é do que a organização dos elementos distribuídos de forma lógica e estratégica para mostrar a sua ordem de importância.Essa organização hierárquica também pode ser encontrada entre as Heading Tags de um artigo.
Dê destaque ao que realmente importa em suas peças. Para o que você quer que sua Persona dê atenção?! Entenda os padrões de leitura e as áreas nobres de cada material..
Utilizando essa regra você pode influenciar a percepção dos usuários e os orientar para ações desejadas. inclusive, existem estudos que mapeiam a rota de leitura do olho humano nas telas.
Quando temos uma boa estrutura de hierarquia visual, conseguimos direcionar o olhar para os elementos que queremos que sejam notados, atraindo os olhos do usuário. Para isso, utilize o contraste entre cores, tamanhos e espaços em seu favor.
3. Não faça as pessoas pensarem demais
É isso mesmo que você leu, não obriga que as pessoas tenham que pensar para compreender o que você está entregando a elas.
Essa dica serve tanto para o conteúdo visual, quanto textual – aliás, os dois devem sempre estar alinhados um com o outro.
Com o avanço da tecnologia veio também o excesso de informação, o que fez com que as pessoas se tornassem mais acomodadas e também mais exigentes quanto àquilo que consomem no dia a dia.
Por isso, foque em tornar suas criações óbvias. Tenha em mente que as pessoas precisam entender sobre o que se trata aquele conteúdo ao ‘bater o olho’, sem precisar decifrá-lo.
Evite usar elementos desnecessários, excesso de cores e tipografias que dificultam a leitura . Essa é uma regra de usabilidade, não tenha medo de tornar as coisas óbvias. Sempre que aplicar algum elemento em suas peças, pergunte a si mesmo: “Para que utilizei isso? Está agregando no meu objetivo?”.
4. As cores também falam
Você já ouviu falar que “amarelo é a cor da fome”? Ou que “vermelho é a cor da paixão”?
As cores dizem muito sobre o mundo em que vivemos e esse é um assunto tão complexo que vai além da comunicação visual: você vai ouvir sobre elas no campo da espiritualidade, psicologia e até mesmo da medicina.
Por isso, saber o básico sobre teoria das cores e como harmonizá-las já é o suficiente para um não-designer.
As cores realmente têm sentimentos, mas eles não são tão simplórios como imaginamos, dependem de contextos, culturas e tom de voz para fazerem sentido. Então, não se trata apenas de utilizar o amarelo para a comida e o vermelho para paixão, é sobre entender o sentido delas e em quais contextos podem ser aplicados.
Além de entender os significados por trás das cores, saber harmonizá-las pode fazer toda a diferença para suas peças visuais. Compreender as combinações mais adequadas para diferentes objetivos trará melhores resultados para suas campanhas.
Por isso, estude sobre o círculo cromático, uma roda com todo o espectro cromático e que permite que você entenda como elas interagem entre si. Na internet você encontra uma gama de ferramentas gratuitas que permitem construir sua paleta de cores baseada neste conceito (uma das mais famosas é a Adobe Colors).
90-60-30
Outra regra muito útil de utilização de cores no design, é o 90-60-30. Esse conceito é muito utilizado no design de interiores, mas é conveniente em tudo que envolve estética.
Trata-se da organização de distribuição das cores de maneira que equilibre e harmonize suas peças. Assim você tem uma cor principal que ocupa 90% do espaço, a complementar que preencherá ao menos 60% dos elementos e a cor extra para os detalhes. Com a paleta de cores correta unida a essa técnica, você terá resultados visualmente mais elegantes e leves.
5. Deixe seu design respirar
Um bom design não é aquele que preenche todo o espaço disponível na prancheta, pelo contrário, saber utilizar os espaços em brancos é o que garante um visual mais eficiente e de qualidade.
Ao alinhar seus elementos de maneira correta e respeitando a área de respiro, o design fica mais atraente e sua compreensão é facilitada. Então, é importante ter em mente que adicionar uma quantidade exagerada de elementos em suas criações, mais pode prejudicar do que beneficiar o seu design. Deixe que sua peça respire, utilize espaços entre parágrafos, margens de seguranças e separe os elementos entre si.
[Bônus] Todo mundo pode aprender sobre Design
A melhor maneira de aplicar todas essas dicas, é se aprofundando nelas. Você não precisa se tornar um especialista em design, mas quanto mais conteúdo consumir, mais próximo de um visual funcional você conseguirá chegar.
Existe uma quantidade considerável de livros e publicações periódicas sobre o assunto que podem contribuir muito nesse aprofundamento, alguns dos mais indicados são: “Não me faça pensar”, por Steve Krug; “O Design do dia a dia”, por Donald A. Norman e, é claro, “Design Para quem não é designer”, por Robin Williams.
O segredo para um bom design, é nunca parar de se atualizar.
Neste post procuramos abordar alguns dos principais fundamentos de design que um não-designer precisa saber para criar peças mais objetivas e também mais atraentes.
Saiba que esses conceitos não têm o intuito de limitar. No design sempre é possível inovar, experimentar e testar, mas é importante estar ciente que ao, respeitar determinadas regras, você irá produzir resultados melhores e, assim, será mais fácil alcançar os objetivos de suas estratégias.
Qual a importância que você tem dado para o design em suas estratégias atualmente? Conta pra gente nos comentários!