Seja uma perda tímida de posição em uma palavra-chave secundária, ou uma queda livre nos rankings, ninguém gosta de ver seu blog caindo nas SERPs e levando junto os acessos orgânicos pelos quais você batalhou tanto para conquistar.
Mesmo que algumas flutuações sejam inevitáveis, especialmente tratando-se das constantes atualizações do algoritmo do Google, é importante entender como evitar que essa queda não se torne um mergulho e atrase suas estratégias de Inbound Marketing.
Um esforço pró ativo e atento para resolução de problemas pode resgatar suas páginas e colocar seus canal orgânico de volta aos trilhos. Boa leitura!
O que você vai encontrar nesse artigo:
Antes de mais nada: a queda realmente aconteceu?
Você jogou um termo importante para sua empresa no Google e viu que a primeira posição – que costumava ser sua – agora é de um concorrente. E agora?
Antes de entrar em desespero, lembre-se: o Google é treinado para mostrar os resultados da pesquisa personalizados para cada usuário. Portanto, não vá acreditando cegamente no que a SERP está mostrando.
Por isso, use ferramentas próprias de SEO (como o Semrush) para identificar se a queda realmente aconteceu e quão grave ou extensa ela é.
Em contraponto, é comum que profissionais de marketing identifiquem quedas de posicionamento já em rotinas de verificação de desempenho de SEO ou, pior ainda, quando o canal orgânico apresenta um comportamento diferente do usual. Mas, para isso, é importante ter uma rotina determinada de acompanhamento de resultados – para avaliar o desempenho do seu Marketing de Conteúdo sugerimos uma rotina mensal.
A queda no ranking é definitiva?
Como disse no início, é comum que haja flutuações naturais na SERP, uma vez que os algoritmos de pesquisa sofrem pequenos ajustes todos os dias. Se você tem o costume de monitorar diariamente suas 10 principais keywords já deve ter percebido isso.
Por conta dessas flutuações, recomendamos esperar um ou dois dias para confirmar que a queda realmente aconteceu antes de montar sua força tarefa.
Algumas quedas podem retornar naturalmente até em mais tempo, mas acredito que você vá preferir começar suas ações o quanto antes, em vez de ficar parado de dedos cruzados esperando que tudo retorne ao normal.
O que pode causar a queda?
Uma vez que você já confirmou que realmente aconteceu uma queda nos rankings, é importante identificar quais os motivos por trás dessa queda para que possa traçar a estratégia correta de recuperação,
Da mesma forma que existem muitos fatores avaliados para definir o ranqueamento das SERPs, são muitos os motivos que podem causar uma queda nos rankings. Aqui, quero me concentrar em dois motivos que costumam causar uma queda massiva, prejudicando a aquisição de visitantes vindos do canal orgânico.
Punições por uso de BlackHat
Chamamos de blackhat ações que têm como intenção manipular os resultados das pesquisas e vão contra as recomendações dos buscadores (a famosa “trapaça”).
Alguns exemplos dessas práticas são:
- Links externos artificiais (link farming, troca ou compra de links);
- Conteúdo duplicado;
- Keyword stuffing;
- Links escondidos;
- Comentários SPAM, entre outros.
Alguns indicativos de que você foi punido são:
- Seu site está bem posicionado em uma pesquisa pelo nome da sua empresa;
- Alguma(s) palavra(s) chave caíram duas ou três páginas sem que você tenha interferido;
- Autoridade de domínio do seu site apresentou uma queda grande;
- Fazer uma pesquisa dentro do seu site (site:www.seusite.com keyword) não apresenta nenhum resultado.
Identificou algum dos problemas acima? É hora de identificar o que você está fazendo de errado, corrigir os problemas e aguardar.
Mudanças no algoritmo de pesquisa
Além das pequenas alterações diárias, de tempos em tempos o algoritmo das ferramentas de busca recebe uma atualização maior, muitas vezes elencando uma nova prioridade para o ranqueamento (um bom exemplo é a última atualização do Google, a Core Web Vital, que atribui ainda mais peso para algumas métricas de saúde do site: velocidade de carregamento, interatividade e estabilidade visual).
Quando essas atualizações acontecem, é como se um terremoto atingisse as SERPs: muita coisa sai do lugar.
E, por alguns dias, os resultados ficam ainda mais voláteis, com as variações acontecendo com maior frequência enquanto tudo encontra seu lugar.
Se o motivo da sua queda de rankings são atualizações de algoritmo, pode ficar mais tranquilo: todos estarão passando pelo mesmo desafio. Mas isso não quer dizer que você precisa ficar parado.
Hora de traçar o plano de ação
Vamos então falar sobre ações práticas de SEO que podem ajudar a recuperar seus posicionamentos?
Essas ações são importantes tanto para quedas pontuais (de uma página), como para quedas generalizadas, como aquelas causadas por atualizações no algoritmo.
Cheque o “feijão com arroz” de seu site
Na hora de implementar palavras-chave e monitorar sua performance, é bem fácil de começar a focar mais em estratégias avançadas e perder de vista a importância do “feijão com arroz” em SEO on-page.
Afinal, não tem motivo para você se estressar com texto-âncora, velocidade de link ou otimização de citação, quando a resposta para seus problemas com ranqueamento pode ser tranquilamente um ajuste direto no seu site.
“Código 200, eu repito, Código 200!”
Quando eu penso em código [insira seu número aqui], penso em problema. Mas não o código 200. O que ele quer dizer, por padrão, é que o pedido HTTP para seu site teve resposta.
Use uma ferramenta como o httpstatus.io para confirmar se seu site está retornando um requerimento corretamente.
Se não estiver, pesquise sobre o código de erro informado e busque resolver a situação.
Você sabe até onde os “robôs” podem acessar?
Robots.txt é um arquivo de texto localizado no diretório raiz do seu Servidor Web e ele instrui como os robôs do Google devem interagir com seu site. Nesse arquivo, você pode incluir ou excluir permissões da forma que quiser, como desautorizar o rastreamento dos robôs em sites de desenvolvedores ou em páginas duplicadas.
Mas sempre tem a chance de você ter restringido demais, não permitindo o rastreamento de nenhuma de suas páginas. Portanto, use a ferramenta gratuita do Google para testar robots.txt.
Se você ver algo fora do normal, carregue um arquivo mais permissivo para o seu servidor.
Cheque o básico nas suas ações de SEO
Elementos básicos de SEO estão perdendo sua relevância na análise de ranqueamento nas SERPs. Mas ainda assim, eles têm influência. Aproveite para revisar title tags, meta descriptions e cabeçalhos para prevenir que eles sejam um atraso em seus rankings.
O título de sua home representa uma oportunidade gigante – mas ainda assim simples – de mostrar sobre o que sua página apresenta. Criar um título genérico demais ou fora do tema pode afetar seu ranqueamento.
Enquanto a meta description não afeta diretamente o ranqueamento no buscador, é importante lembrar que uma descrição relevante e persuasiva pode fazer a taxa de cliques melhorar sensivelmente.
Você pode customizar também o título dentro da seção head do HTML de seu site. Se ele foi feito no WordPress, instale plugins para facilitar ainda mais seu gerenciamento de títulos e tags.
Além da informação que você oferece na tag de título, o cabeçalho faz com que usuários entendam o objetivo da página. Porém, a não ser que esteja dentro de uma tag H1, robôs de busca não vão diferenciá-lo do resto do conteúdo.
Procure no código de seu site e assegure que cada página tenha apenas um H1 e se ele é relevante. Parece primário? Talvez, mas você nem imagina quantos sites perdem posições por um – ou mais – desses elementos essenciais.
Google Search Console: siga as regras
Algoritmos podem ser bem subjetivos em alguns pontos, mas o Google é claro sobre o que ele espera de um site. Faça o que as diretrizes pedem e você conseguirá um desempenho melhor.
O Google Search Console é uma ferramenta gratuita oferecida pelo Google para ajudar você a monitorar, manter e otimizar a visibilidade de seu site em resultados de pesquisa. Através dele você pode encontrar os erros de rastreamento que interferem na sua indexação ou visibilidade do site.
Ainda pelo Google Search Console, você pode enviar um Sitemap, um documento que mapeia toda a estrutura do seu site e facilita que ela seja entendida pelo algoritmo.
Assim que ele for carregado, existe a possibilidade de você comparar qualquer discrepância entre o número de URLs do Sitemap com as indexadas pelo Google. Se os números não baterem, é hora de identificar quais páginas estão fora do radar dos robôs. Mas não tema: existem ferramentas de SEO no mercado que fazem essa busca.
Por fim, nas preferências do Search Console é possível ativar as notificações por e-mail. Assim você será alertado rapidamente no caso de algum problema grave surgir.
O tesouro do Google Analytics
O Google Analytics tem um mundo de informações sobre como as pessoas encontram seu site, como elas se comportam enquanto estão em seu site e que dores levam elas a saírem antes de completar uma ação.
Por exemplo, o Google Analytics mostra se houve queda no tráfego ou métricas de comportamento (como tempo na página, páginas por sessão e bounce rate). Se elas forem afetadas negativamente por alguma mudança recente no site, melhor reverter as alterações ou seguir por outra direção.
Seu site vai de 0 a 100 em três segundos?
Se a resposta dessa pergunta é não, você já está no pelotão de trás. Os sites pesados que me desculpem, mas velocidade é fundamental – para mim e para o Google, principalmente.
Ferramentas como o Google PageSpeed Insights são capazes de avaliar a velocidade do seu site e oferecem recomendações de como agir para melhorar tempos de carregamento.
Até sites tremendamente rápidos podem evoluir com otimizações como aproveitar o cache do navegador, compactar códigos, otimizar imagens e ativar compressão de recursos:
Se o seu site apresenta quedas nos rankings, você pode reverter isso com algumas otimizações simples e pequenas. Existem outras além dessas, é claro, estamos apenas na ponta do iceberg.
Mas seguindo as dicas que demos, você provavelmente vai ser alertado dos erros e poderá corrigi-los no ato. Mantenha os olhos abertos no ranqueamento e você vai recuperar posições logo, logo!
Gostou do nosso artigo sobre ranqueamento? Tem algo para acrescentar? Fale com a gente nos comentários! 😉
