Conheça o Black Hat SEO e 5 ações com as quais você deve ter cuidado

Quando o Google estava nos seus primeiros passos, seu sistema de ranqueamento não era nada complexo. Entender os fatores de avaliação era fácil e manipular seu site para atender aos critérios fazia com que chegar à primeira posição fosse simples, não importando a qualidade ou relevância do conteúdo oferecido. Com o tempo, estratégias que se aproveitavam dessas possibilidades para manipular suas chances de aparecer em destaque passaram a ser chamadas de Black Hat SEO.

Entre as ações consideradas “trapaça” pelo Google estão algumas que não são tão óbvias, que ainda são amplamente praticadas e que você pode estar fazendo agora mesmo, correndo o risco de prejudicar seus resultados orgânicos!

Quer saber mais? Continue a leitura!

SEO Black Hat: de onde surgiu

Dentre as diversas práticas de SEO possíveis, existem dois conjuntos de técnicas que separam o joio do trigo: as Black Hat e as White Hat. Os termos remetem aos bons e velhos filmes de faroeste, onde o mocinho vestia chapéus brancos e os vilões trajavam chapéus pretos.

Como no Velho Oeste, as White Hats representam o bom SEO – técnicas honestas, as preferidas pelos mecanismos de busca. São práticas focadas em melhorar a experiência do usuário e mostrar aos motores de busca que o conteúdo é relevante e merece destaque na página de resultados.

>> Se quiser conhecer mais detalhes sobre essas técnicas, SEO On e Off Page, confira nosso guia completo de SEO ?

 


Já as Black Hats, são as práticas obscuras, vistas como trapaças. São nada mais do que tentativas de manipular a percepção que os motores de busca têm da página e do site, buscando alcançar posições de destaque nas pesquisas.

Como falamos, o Black Hat fazia uso de “brechas” nas regras de avaliação de qualidade para posicionar melhor sites sem muito esforço e produzir conteúdo de qualidade. As práticas mais conhecidas de Black Hat são duas:

  • Keyword Stuffing: tenho certeza que você já leu um artigo e percebeu qual era a palavra-chave principal daquele conteúdo ainda no segundo parágrafo, de tanto que ela se repetia (muitas vezes sem sentido ou necessidade). Isso é “keyword stuffing”;
  • Link Farming: ainda hoje o Linkbuilding (ter links para o seu site em outros domínios) é um fator de aumento de autoridade para os buscadores, mas existe uma diferença entre isso acontecer naturalmente e isso acontecer por meio de sites criados especificamente para fazer o “link farming”, ou seja, “cultivar” links.

Apesar de essas serem as mais conhecidas, vamos falar mais adiante sobre outras práticas que você pode não saber que são consideradas Black Hat.

Mas, antes, precisamos falar sobre por que você deve tomar cuidado com essas práticas.

Os riscos em adotar práticas de Black Hat

Hoje, o algoritmo do Google é atualizado cerca de 500 a 600 vezes ao ano, mas ocasionalmente algumas mudanças drásticas colocam o ranqueamento de cabeça para baixo, como aconteceu com o Google Panda, o Google Penguin e, mais recentemente, com o Core Web Vitals.

Mas por que estou falando dessas atualizações?

Bem… A cada atualização o Google busca proporcionar uma experiência melhor para seus usuários. E parte fundamental disso é ter certeza de que está apontando os melhores conteúdos para responder àquele comando de pesquisa.

Os fatores de ranqueamento são muitos, e cada vez mais difíceis de serem manipulados. Mas as trapaças ainda existem. E, as empresas ainda adotam essas estratégias – muitas sem saber que estão fazendo algo errado.

A consequência disso é o pior pesadelo de quem investe em Marketing de Conteúdo e Inbound Marketing: seu site pode ser completamente desindexado do Google. Ou seja: não aparecer como resultado de pesquisa nenhuma.

Gif de uma cena do videoclipe Thriller onde uma garota negra de casaco rosa grita assustada

É claro que também existem punições em menor grau de seriedade, como apenas uma queda no ranqueamento daquele conteúdo. Mas é importante saber o maior risco que você pode estar correndo para poder fazer uma decisão consciente de arriscar ou não essas práticas.

Grandes empresas penalizadas por Black Hat

Muita gente acha que essas punições são mitos. “Se eu não conheço ninguém que foi punido, não deve existir”. Mas pequenas e médias empresas, e até mesmo organizações multinacionais já sofreram com as penalidades brutais do Google, independente da intenção ou não em transgredir as regras.

Veja alguns dos casos mais notáveis nos últimos anos:

BMW punida por manipular resultados de busca

Em fevereiro de 2006, sempre que o termo “used car” era buscado, o usuário era redirecionado para a página da gigante automobilística. Durante três dias, o site foi completamente retirado da lista do buscador. Isso resultaria, hoje, num prejuízo de 71 mil acessos.

Genius e a promoção artificial de links

Em dezembro de 2013, a página ainda se chamava Rap Genius na época e ofereceu promoção artificial de links para blogueiros que postassem letras de música. O Google não permitiu que a página fosse ranqueada pelo seu nome e reduziu sua posição no ranking. Se isso ocorresse hoje, significaria uma perda de cerca de 3,8 milhões de acessos.

Até eBay já teve uma punição manual

Misteriosamente, em 2014, a página de vendas sofreu uma queda no ranqueamento por conta de uma punição manual, sem explicações tanto da Google, quanto da própria eBay. Mais de 6 milhões de acessos deixariam de ser computados, caso isso acontecesse hoje.

5 práticas de SEO Black Hat que você faz e (provavelmente) nem desconfia:

1. Keyword Stuffing

As palavras-chave tem uma função importantíssima para o conteúdo que você cria, afinal, elas serão o norte para definir a relevância do que você escreve e sobre o que você está falando.

No entanto, é um costume ainda recorrente amontoar as palavras-chave sem critério no texto, sacrificando a coesão e relevância do conteúdo para repetir muitas vezes a palavra-chave principal.

É verdade que, anos atrás, a repetição da keyword era considerada um fator indicativo da profundidade e relevância do conteúdo. Contudo, atualmente, o algoritmo tem outras formas de identificar a qualidade do conteúdo.

Por isso, desde a atualização Panda, em 2011, é considerada ideal uma densidade de palavra-chave entre 2% a 4%. Qualquer coisa acima desse valor tem chances de ser penalizado.

2. Conteúdo duplicado

“Plágio” talvez seja uma palavra que soe forte demais, mas se você copiou trechos de outras páginas, provavelmente você será punido pelo algoritmo do Google.

Afinal, produzir conteúdo original é uma das premissas básicas do marketing de conteúdo!

Se você precisa citar outro conteúdo, não se esqueça de usar um link para indicar de onde veio o texto. E, mesmo assim, tome cuidado para produzir um conteúdo realmente único, e não uma colcha de retalhos a partir de textos de outras empresas.

3. Spam de comentários

Quando os analistas de SEO descobriram que incluir seu link nos comentários de outros sites também contava para construção de Linkbuilding, surgiram as práticas de SPAM nos comentários dos blogs.

Hoje, essa prática é considerada um Black Hat.

Seus comentários em um grande número de blogs, sites, fóruns e redes sociais devem contribuir para a discussão, não só para deixar o link da sua página.

Em 2005, o Google introduziu o atributo “nofollow” que, quando configurado no site, instrui rastreadores web a ignorar links como esses, enquanto mantém a indexação dos sites.

Ainda assim, profissionais que trabalham com SEO ainda aplicam esse tipo de técnica, que realmente é efetiva por um certo tempo. Mas vale a pena correr o risco?

4. Guest posts

Esta é uma área um pouco “enevoada”, para dizer o mínimo.

Trazer posts de convidados pode ser bom para o SEO – e ainda pode trazer mais links para seu site. E também pode ajudar a construir sua autoridade perante o público, trazendo alguém que já é referência no assunto e associando seu nome ao de sua empresa.

No entanto, o fazer guest posting com o único intuito de construir volume de links em sites de baixa qualidade, ou irrelevantes para o Google, pode atravancar seu ranqueamento, o que não é aprovado pelo Google (ou mesmo pelos usuários).

5. Links quebrados dentro de seu site

Você costuma desativar páginas ou alterar URLs com frequência? Fique de olho nos Erros 404 internos!

Você tem links externos dentro do seu site? Fique de olho nos Erros 404 deles também!

Quando um usuário clica em um link e cai em uma página inexistente, sua experiência é prejudicada (o que já significa que você está perdendo oportunidades) e pode até mesmo ser um sinal de fumaça para o Google aplicar sanções em seu ranking.

A boa notícia é que existe um plugin para WordPress que pode te ajudar a monitorar essa questão, fazendo varreduras periódicas e informando quais links estão quebrados.

Proteja seu negócio: invista em práticas de SEO White Hat

Eu sei, é difícil resistir à promessa de resultados rápidos e certeiros em SEO.

SEO é um jogo difícil, que ninguém conhece todas as regras em detalhes, e mesmo que conhecesse, as regras mudam o tempo todo. Porém, o sucesso de técnicas de SEO Black Hat é ilusório e arriscado. Os ganhos momentâneos que essas ações podem trazer são rapidamente soterrados pelos prejuízos de qualquer tipo de punição.

Com a competitividade dos mercados de hoje, é preciso muita criatividade e, sobretudo, estratégia para ultrapassar a concorrência.

Se você quer investir na longevidade de seu negócio na Internet, não existe outra opção: coloque seus esforços em boas práticas de SEO. Afinal, independente das atualizações de algoritmos, uma coisa é certa: o foco é em entregar conteúdo de qualidade e relevante para o usuário. Com isso sua estratégia online estará sempre preparada, pois é autêntica e orgânica.

Resultados de SEO White Hat – e do Inbound Marketing, em geral – não são do dia para a noite, mas valem cada segundo.

E você? Já aplicou alguma dessas estratégias? Procurou saber se eram positivas ou não? Compartilhe com a gente! 🙂

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